11 de jan. de 2014

Apenas 30% dos municípios devem concluir os planos de saneamento básico em 2013

Apenas 30% das 5.570 prefeituras brasileiras devem concluir em 2013 o Plano Municipal de Saneamento Básico, previsto pela Lei 11.445/2007, que tornou obrigatória a elaboração dos planos, segundo estimativa do Ministério das Cidades e da Associação Brasileira de Agências de Regulação (Abar). Pelo cenário atual, 70% dos municípios ficarão impedidos de receber recursos federais para aplicar no setor, já que o Decreto 7.217/2010 determinou que, a partir de janeiro de 2014, o acesso a verbas da União ou a financiamentos de instituições financeiras da administração pública federal destinados ao saneamento básico estará condicionado à existência do plano.
Segundo a Pesquisa de Informações Básicas Municipais 2011 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 609 municípios já haviam elaborado seus planos de saneamento. “Trabalhamos com a perspectiva de até o final do ano ter 30% dos municípios com seus planos concluídos. Esperávamos que o número fosse bem maior. Os prefeitos têm que correr para elaborar os planos porque o cenário com o qual o ministério trabalha é que esses prazos sejam mantidos”, disse o secretário nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Osvaldo Garcia.
 
Para ele, é inconcebível um município “não ter um planejamento sobre uma área tão importante como o saneamento básico”. “O prefeito tem que destinar a verba da prefeitura para o que ele acha prioritário. Ele precisa saber se acha o plano de saneamento prioritário ou não. Mas ele vai ter que responder não recebendo verbas [para o setor] a partir do ano que vem”....
HOJE em dia.

9 de set. de 2013

Cidade inglesa é tomada por hortas que oferecem alimentos gratuitos a seus moradores

Todmorden é uma pequena cidade da Inglaterra, na qual seus 17 mil habitantes podem se alimentar de graça. Como? Há cinco anos nasceu o projeto The Incredible Edible Todmorden (A incrivelmente comestível Todmorden), que consiste no cultivo de hortas coletivas em espaços públicos da cidade. Todo alimento cultivado nestes locais está disponível para qualquer morador consumir. E de graça.
São mais de 40 cantos comestíveis espalhados por Todmorden: desde banheiras nas ruas até o quintal da delegacia da cidade, passando por jardins de centros de saúde e do cemitério local. A ideia é incentivar que toda comunidade cultive seus próprios alimentos e pense melhor sobre os recursos que consome.
Demorou dois anos para que a ideia de colher uma fruta, verdura ou hortaliça plantada por outra pessoa fosse aceita pela população. Na primeira reunião eram apenas seis pessoas. Hoje, o conceito já é aceito por grande parte dos moradores de Todmorden e inclusive é trabalhado na escola local. Tal prática ainda trouxe o benefício de estreitar a relação entre vizinhos. Bacana, não é?
“Não fazemos isso porque estamos entediados, mas porque queremos dar início a uma revolução”, diz Pam Warhurst, cofundadora do projeto, durante sua palestra no TEDSalon, em Londres. “As pessoas querem ações positivas nas quais possam se engajar e, bem no fundo, sabem que chegou a hora de assumir responsabilidades e investir em mais gentileza com o outro e com o meio ambiente”.
Claro que transformar todo espaço público de uma cidade em hortas comunitárias não é tarefa fácil. Mas com empenho e mobilização de vizinhos é perfeitamente possível começar a cultivar em seu bairro! Para se inspirar, leia a seguir reportagens sobre iniciativas de hortas comunitárias que estão dando certo em todo o mundo, inclusive aqui no Brasil:
- Floresta comestível no meio da cidade oferece alimentos gratuitos para população
- Plantações urbanas
-
Hans Dieter Temp: hortas urbanas
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Hortas em parques públicos para sem-tetos
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Deu na telha: as hortas do Plantando na Cidade
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Hortas urbanas
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Por que precisamos de hortas na cidade

13 de ago. de 2013

No ano passado, cada brasileiro gerou cerca de 383 kg de lixo. Quase 40% não teve destino adequado


Dados da décima edição do estudo Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, realizado pela Abrelpe - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, indicam que a tarefa de acabar com os lixões até 2014, como prevê a Política Nacional de Resíduos Sólidos, está se revelando árdua para os municípios.

Das 64 milhões de toneladas de resíduos gerados no ano passado, 24 milhões seguiram para destinos inadequados, como lixões. Isso equivale a 168 estados do Maracanã lotados de lixo, sendo que outras 6,2 milhões de toneladas sequer foram coletadas. Em média cada brasileiro gerou 383 kg de lixo por ano, um aumento de 1,3% de resíduos por habitante em relação a 2011.

O Nordeste é a região que tem a maior quantidade de resíduos sem destinação adequada, encaminhando diariamente 65% do lixo coletado para lixões ou aterros controlados, os quais, do ponto de vista ambiental, pouco se diferenciam dos próprios lixões.
Exame.com

27 de jun. de 2013

ATERRO SANITÁRIO

Definição

Aterro sanitário é uma espécie de depósito onde são descartados resíduos sólidos (lixo) provenientes de residências, indústrias, hospitais e construções. Grande parte deste lixo é formada por não recicláveis. Porém, como a coleta seletiva ainda não ocorre plenamente, é comum encontrarmos nos aterros sanitários plásticos, vidros, metais e papéis.
Os aterros sanitários são construídos, na maioria das vezes, em locais distantes das cidades. Isto ocorre em função do mal cheiro e da possibilidade de contaminação do solo e de águas subterrâneas. Porém, existem, atualmente, normas rígidas que regulam a implantação de aterros sanitários. Estes devem possuir um controle da quantidade e tipo de lixo, sistemas de proteção ao meio ambiente e monitoramento ambiental.
Os aterros sanitários são importantes, pois solucionam parte dos problemas causados pelo excesso de lixo gerado nas grandes cidades. 

15 de jun. de 2013

EMISSÕES GLOBAIS DO SETOR ENERGÉTICO BATEM NOVO RECORDE

Relatório divulgado pela Agência Internacional de Energia aponta que o setor energético global emitiu 31,6 gigatoneladas de gases causadores do efeito estufa em 2012 – 1,4% a mais do que no ano anterior. China e Japão aparecem como principais responsáveis pelo aumento recorde.


Cientistas da ONU já alertaram que, para conservar a vida na Terra da maneira como a conhecemos hoje, é necessário garantir que o aumento da temperatura do planeta não ultrapasse os 2ºC neste século, o que pede que haja redução de mais de 50% nas emissões globais de gases causadores do efeito estufa (GEE) até 2020. Mas, apesar dos avisos, o mundo segue na direção contrária e, mais uma vez, o setor energético bateu recorde mundial na liberação de poluentes na atmosfera.

É o que mostra o relatório Redrawing the Energy-Climate Map, divulgado nesta segunda-feira (10) pela Agência Internacional de Energia (IEA). O documento revela que, em 2012, o setor liberou 31,6 gigatoneladas de GEE - valor 1,4% maior do que o registrado no ano anterior, em 2011, quando o nível de emissões já havia sido recorde.

A China é apontada pelo relatório como a que mais contribuiu para o crescimento global, por emitir 300 milhões de toneladas de GEE a mais do que em 2011 - embora este tenha sido um dos menores aumentos protagonizados pelo país na última década, graças aos investimentos em energia renovável e eficiência energética. O Japão aparece como o segundo maior responsável: a nação aumentou suas emissões em 70 milhões de toneladas no último ano.

Já os Estados Unidos ganharam destaque no documento por diminuir os níveis de emissões de GEE. Na "nação do Tio Sam" a redução foi de 200 milhões de toneladas, graças à substituição do carvão por gás natural. A Europa também apresentou queda de 50 milhões de toneladas, "apesar de alguns países terem aumentado o uso de carvão", como alerta o relatório, que ainda garante que, se o ritmo atual de emissões for mantido, a temperatura do planeta deve crescer entre 3,6 ºC e 5,3 ºC nas próximas décadas.

NEM TUDO ESTÁ PERDIDO
Apesar das más notícias, o documento cita quatro políticas no setor energético que podem manter vivas as esperanças de limitar o aumento da temperatura do planeta em 2ºC.

Segundo Fatih Birol, principal autor do relatório, o quarteto de medidas é baseado, apenas, em tecnologias existentes, não tem nenhum custo econômico líquido e já foi adotado com sucesso em vários países, sendo uma excelente solução para a redução rápida das emissões de GEE no mundo, enquanto as negociações internacionais a respeito das questões climáticas avançam.

As quatro ações que compõem o plano da IEA são, basicamente:
- definir medidas de eficiência energética nos setores de construção, indústria e transporte;
- limitar a construção e utilização das usinas de carvão menos eficientes;
- reduzir pela metade as emissões de metano esperadas para 2020 e
- implantar uma política que elimine gradativamente os subsídios ao consumo de combustíveis fósseis.

Débora Spitzcovsky

27 de abr. de 2013

DESTINO CERTO PARA O LIXO

Dados divulgados em setembro passado pelo Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre) apontam que 27 milhões de brasileiros, em 766 municípios, contam com a coleta seletiva. Se sua cidade ainda não tem oserviço, separe o lixo mesmo assim - catadores de rua, cooperativas, associações de moradores e ONGs podem cuidar para que os resíduos sejam eliminados da forma certa. Uma prática que vigora desde agosto de 2010, com a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), é a logística reversa: ela define que as empresas são responsáveis por recolher seus produtos após o descarte pelo consumidor. Isso significa que a mesma marca que vende um eletrônico deve recebê-lo de volta ou indicar o que fazer com ele. A regra vale para fabricantes de pilhas, baterias, pneus, lâmpadas fluorescentes, eletrônicos e seus componentes. Abaixo, damos todos os detalhes para você fazer sua parte com consciência.

RECICLÁVEL X NÃO RECICLÁVEL Para o processo de reciclagem acontecer, não é necessário lavar nada antes. No entanto, é higiênico retirar o excesso de resíduos do recipiente, principalmente se ele ficar armazenado por algum tempo. "Embalagens sujas de leite, açúcar ou doces podem atrair ratos e baratas. Por isso, sugerimos que as peças fiquem na pia durante a lavagem da louça", indica Ana Maria Domingues Luz, presidente do Instituto Gea. "Mas nada de usar água limpa exclusivamente para isso!", ela completa. Tem material que é fácil separar, mas há outros nada óbvios. Na dúvida, consulte esta lista.

METAL
Recicláveis:
folha de flandres (é o aço revestido de estanho das latas de óleo, sardinha, creme de leite etc.), latas de aerossol (verifique, antes, se estão vazias), latas de bebidas, papel-alumínio limpo, tampas de garrafa.
Lixo comum: clipes, esponjas de aço, grampos, tachinhas.

PAPEL
Recicláveis:
caixas de papelão, cartazes, cartolinas, embalagens longa vida, envelopes, jornais, papéis de escritório. Antes de dispensar livros e revistas, procure doá-los a bibliotecas ou escolas, ou leve-os a sebos.
Lixo comum: caixa de pizza com resíduos, celofane, extrato de banco, etiquetas adesivas, fotografias, guardanapo, notas fiscais, papel-carbono, papel de fax, papel higiênico, papéis plastificados, papel vegetal.

PLÁSTICO
Recicláveis:
canos, copos, embalagens, frascos de produtos de limpeza e higiene pessoal, garrafas PET, potes, sacos, sacolas, tubos.
Lixo comum: cabos de panela, embalagens metalizadas de alimentos (como as de salgadinho), espuma sintética, fraldas descartáveis.

VIDRO
Inteiro ou em cacos, os produtos - recicláveis ou não - devem ser enrolados em jornal ou papelão para evitar acidentes.
Recicláveis: copos, garrafas, frascos em geral, potes alimentícios.
Lixo comum: boxe de banheiro, cerâmicas, cristais, espelhos, lâmpadas incandescentes, lentes de óculos, louças refratárias, porcelanas, vidros de janela.

E O QUE FAZER COM ESTES ITENS?
Celulares

Antes de se desfazer do aparelho antigo, veja se há possibilidade de conserto ou, se ele estiver em boas condições de uso, guarde-o paraemergências, como roubos e quebras de outros celulares. Mas, se doar o eletrônico para alguém ou tiver de jogar fora mesmo, tenha em mente duas questões: apagar as informações pessoais antes de passá-lo para a frente e fazer o descarte da maneira certa, já que esses equipamentos levam metais pesados em sua composição, especialmente na bateria.

Minha Casa

15 de fev. de 2013

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo adota novo plano de negócios

O Comitê Executivo da ferramenta aprovou uma série de medidas para os próximos dois anos visando enfrentar os desafios impostos pelas mudanças no cenário internacional, como a queda do preço das reduções certificadas de emissão



Passando talvez pelo pior momento desde sua criação, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) recebeu um colete salva-vidas na sexta-feira (01) com a aprovação pelo Comitê Executivo de um plano de negócios para 2013 e 2014.
Um ‘plano de gestão’, determinando as exigências em termos de trabalho, capacidade e recursos, acompanha o plano de negócios para os primeiros dois anos do segundo período de compromissos sob o Protocolo de Quioto.
O objetivo é ampliar os pontos bem sucedidos do mecanismo, buscando adaptar a ferramenta às mudanças a sua volta e criar espaço suficiente para revisões e ajustes ao longo do tempo, garantindo que o esquema esteja pronto para o futuro.
Quatro foram os objetivos traçados pelo comitê:
1. Contribuir com a simplicidade e previsibilidade na operação do MDL, garantindo a integridade das Reduções Certificadas de Emissão (RCEs). Nesse quesito, o comitê pretende, entre outros, fortalecer o desempenho das Entidades Operacionais Designadas e melhorias nos sistemas operacionais do MDL;
2. Garantir que o esquema tenha uma contribuição crescente para a mitigação das mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável. Em 2012, o comitê adotou uma ferramenta voluntária que os participantes de projetos podem usar para documentar e relatar suas contribuições ao desenvolvimento sustentável, algo muito menos conhecido do que os resultados dos projetos em relação à mitigação. Assim, o comitê pretende analisar e publicar as informações obtidas com essa ferramenta;
3. Ampliar o alcance geográfico do MDL. Muitas ações já foram tomadas neste sentido, como a criação de um esquema de empréstimos, um fórum, treinamentos, linhas de base padronizadas, metodologias específicas, entre outros. Fortalecer essas iniciativas e instituições nos países sub-representados é uma das atividades previstas para os próximos anos;
4. Incentivar o uso, e salvaguardar a reputação, do MDL como um mecanismo para o desenvolvimento de baixo carbono. Neste sentido, o comitê pretende ser receptivo às demandas dos diferentes interessados e garantir que os benefícios e pontos fortes do MDL sejam bem compreendidos através de atividades de comunicação mais fortes e proativas.
Segundo o comitê, o plano foi escrito levando em conta a realidade atual dos mercados de carbono, que estão sofrendo com a baixa demanda e as metas pouco ambiciosas dos países para o corte nas emissões. O valor das RCEs caiu mais de 90% no último ano.
Futuro
Daqui para frente o cenário muda muito para o MDL: a União Europeia terá restrições para o uso de RCEs – aceitando apenas as RCEs novas vindas de países menos desenvolvidos - e vários mercados regionais e nacionais de carbono entrarão em vigor - apesar de ainda não ser claro como o MDL interagirá com eles.
As incertezas quanto à demanda por RCEs entre 2013 e 2020 são muitas e dependem das negociações internacionais que revisarão as modalidades e procedimentos sob o MDL e que criarão novas medidas de mitigação, além da flutuação do valor do carbono e do desenvolvimento de outros mercados regionais.
Novas abordagens estão sendo negociadas no âmbito da Conferência do Clima e devem oferecer outros canais para colaborações entre as partes visando a ações de mitigação, como o novo mecanismo de mercado (NMM, em inglês), o quadro para diversas abordagens (FVA), ações apropriadas de mitigação nacional (NAMAs) e o Fundo Verde do Clima, aponta o documento do Comitê do MDL.
“O comitê espera que a demanda por registro [de projetos sob o MDL] caia significativamente em curto e médio prazo”, diz o plano de negócio. “No geral, o MDL corre o risco de perder o ímpeto e, com isso, a capacidade intelectual e institucional construída”, lamenta o documento.
“Agora é a hora de investir no MDL, especialmente nas regiões sub-representadas, e fazer com que o mecanismo passe desse período desafiador como uma ferramenta ainda mais efetiva para lidar com as mudanças climáticas e incentivar o desenvolvimento”, enfatizou o novo vice-presidente do comitê Hugh Sealy.
Durante a reunião de lançamento do plano de negócios na semana passada, dedicada a questões estratégicas, o comitê também iniciou a revisão das modalidades e procedimentos do MDL, um pedido das partes quando se encontraram em dezembro passado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em Doha, Catar.
A reunião também teve como resultado a escolha da presidência dos grupos de trabalho organizados pelo comitê. O brasileiro José Miguez foi eleito presidente do GT sobre Captura e Armazenamento de Carbono, que se reunirá duas vezes em 2013.
A próxima reunião do comitê será realizada em Bonn, na Alemanha, entre 4 e 8 de março.
Imagem: Projeto de energia solar comunitária em Benin / UNFCCC
Instituto Carbono Brasil